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O fosfato natural reativo tem efeito semelhante aos fosfatos solúveis muito utilizados no Brasil, principalmente para grãos como soja e milho. A vantagem é que ele não sofre nenhum processo químico e é aplicado in natura na mesma dosagem do que o solúvel. Aplicando uma média de 60 quilos de P2O5 de fosfato natural reativo no solo, o produtor pode elevar a produtividade para mais de 60 sacas de soja e mais de 150 sacas de milho, sem contaminar a terra com químicos.
— É um fosfato que a gente retira da mina, passa simplesmente na peneira e o produtor vai usá-lo de forma direta. Ele não precisa ser solubilizado com ácido úrico, ácido fosfórico ou com amônia. Tem que ter um equipamento muito bem regulado para usar este fertilizante, porque é um pouco mais complicado. Ele precisa de um pouco de acidez no solo para reagir bem, então, o ph em água não deve ser superior a 6 ou a saturação em base superior a 50% porque senão ele terá sua velocidade de reação comprometida. A vantagem é que ele é utilizado in natura, não sofre nenhum processo químico — explica o pesquisador Djalma Martinhão, da Embrapa Cerrados.
Martinhão será um dos palestrantes do FertBio, que acontece de 13 a 17 de setembro, em Guarapari, Espírito Santo. No evento, ele vai apresentar o trabalho que faz há 17 anos com cultivo de grãos utilizando os dois tipos de fosfato para mostrar que a dosagem a ser aplicada para o fosfato natural reativo se equivale ao fosfato solúvel. Ele diz que as vantagens para os produtores são ótimas, mas o que está impedindo que o uso deste tipo de fosfato seja utilizado em maior número é o preço, que é exagerado, segundo ele.
— Ele deveria ser mais barato porque é um produto natural, que não sofre nenhum processo químico.. Na década de 80. ele custava 80 dólares a tonelada, hoje em dia ele custa mais de 250 dólares. Chega ao preço de um solúvel, apesar de não se precisar fazer nenhum processo industrial de solubilização com ele, o que não faz sentido. A indústria aumentou o preço porque viu que o produto estava sendo bem aceito. Deveria custar no mínimo a metade do preço de um solúvel — critica.
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